segunda-feira, 6 de maio de 2013

Hérnia de Disco

COMO ACABAR COM A HÉRNIA DE DISCO LOMBAR


O problema pode demorar a dar sinal de vida ou surgir de repente. Por isso, é bom ficar em alerta para que o mal não se torne crônico e afaste você das coisas de que mais gostar de fazer.
Cerca de 80% dos adultos já sofrerão, pelo menos uma vez na vida, de uma crise aguda de dor nas costas, e desse total, 90% deverão apresentar mais de um episódio de dor. As alterações nos discos articulares existentes entre as vértebras, pequenos ossos que formam a coluna, agem como amortecedores para evitar atritos e amenizar impactos, e constituem um fator importante no surgimento da lombalgia. A doença conhecida como hérnia de disco, afeta 5,4 milhões de brasileiros de acordo com a IBGE.

ALTA COMPRESSÃO.
O disco intervertebral é composto por um núcleo que apresenta uma textura gelatinosa e um anel fibroso que o envolve. Quando algum fator, como uma torção brusca, aumenta a força exercida sobre a coluna, o núcleo pode descolar-se  para um dos lados do espaço intervertebral e, junto com o anel cartilaginoso, formam uma hérnia chamada protusão. Em geral ela causa dor na região mais "baixa da coluna". Uma pressão mais intensa pode causar um hérnia do tipo extrusa, que ocorre quando o disco escorrega para fora do espaço intervertebral e comprime as raízes dos nervos que por aí passam. Mas se a pressão for forte demais pode romper o anel fibroso, nesse caso, a substância gelatinosa extravasa e ocupa o espaço de outras estruturas.

É DE DOER.
A patologia pode no início de manifestar com dores leves que, na maioria das vezes não são levadas muito a sério, um espirro, uma tosse pode piorar a dor no momento. Mas se não for tratada a hérnia pode progredir e tornar-se crônica. Em outras ocasiões, ela surgirá de modo repentino, após um esforço violento. Em geral, vem acompanhada de uma lombociatalgia, dor que se irradia para a perna e pode estar associada a formigamentos, câimbras e fraqueza no membro atingido. A dor severa que não passa com medicamentos, pode ser sinal que a hérnia está comprimindo o gânglio dorsal, a parte da raiz nervosa mais sensível à dor. Em algumas situações, a hérnia pode pressionar os nervos das duas pernas. E quando ela se dá entre a L4 e L5, as últimas vértebras da região lombar, pode aparecer a dor ciática, mal que atinge cerca de 40 milhões de brasileiros. Causada pela inflamação do nervo ciático, o mais longo do corpo, ela se manifesta por meio de uma sensação de queimação e pontadas que vão da região lombar até a ponta do pé, passando pelas nádegas.

PRINCIPAIS CAUSAS:
Má postura: Sentar, andar ou deitar-se em posição incorreta gera sobrecarga dos discos.
Esforço repetitivo: Pegar, levantar ou puxar pesos junto com movimentos do torção da coluna.
Ficar longas horas sentado: Em frente do computador ou dirigindo causa compressão sobre os discos da região lombar.
Obesidade: Aumento de peso ocasiona uma carga excessiva sobre a coluna e seus discos intervertebrais.
Sedentarismo: Provoca o relaxamento da musculatura das costas, o que prejudica na sustentação correta da coluna.
Tabagismo: O fumo pode diminuir o suprimento de oxigênio para o disco articular, o que facilita seu desgaste.

DIAGNÓSTICO.
Primeiro se faz uma exame clínico para identificar o que está causando as lombalgias, algumas vezes, a dor pode se apresentar na região lombar, mas o problema está nos rins. O médico poderá pedir exames como radiografias da coluna, ressonância magnética ou tomografia computadorizada para confirmar o diagnóstico e planejar o tratamento mais indicado para cada paciente.

TRATAMENTO
A cirurgia é o último recurso,em 90% dos casos, a patologia é controlada com fisioterapia e medicações. A prática de exercícios físicos faz parte do tratamento, porém deve ser orientada pelo médico para que não cause mais dor ainda. Levantar pesos dobrando a coluna ao invés das pernas, fazer movimentos bruscos de rotação e praticar esportes de impacto aumentam a probabilidade de hérnia de disco.
O especialista poderá indicar medicamentos que combatem a dor e a causa associada, como uma inflamação em um nervo comprimido, por exemplo, em geral as medicações mais utilizadas são anti-inflamatórios hormonais (corticoides) e não hormonais, analgésicos simples e opioides e relaxantes musculares. Quando as dores não cessam e vêm junto com fraqueza, dormências ou alterações de controle urinário, a indicação em geral é a cirurgia (1% dos casos)

CIRURGIA.
A cirurgia é minimamente invasiva, chamada de videocirurgia porque é realizada com auxílio de microcâmeras, é a mais recomendável no tratamento de hérnias de disco e pode resolver mais de 80% dos casos antes tratados com as técnicas tradicionais. As vantagens são muitas: é menos traumática, os cortes são mínimos, a cirurgia dura cerca de duas horas, o risco de lesão muscular e óssea é menor, não há usos de pinos e próteses para sustentar as vértebras, o que ajuda na movimentação da coluna, o risco de infecção e sangramentos são menores, o retorno ao trabalho é mais rápido e as recidivas pós-operatórias podem acontecer, mas são raras.

DICA: Um exercício ótimo é a hidroginástica, pois não tem impacto nenhum e fortalece a musculatura.

Nenhum comentário:

Postar um comentário